Semana de dezembro número: 2
Linhas no Word do post: 122 (pega a pipoca e senta que lá vem a história)
Clientes novos: 2 clientes novos de peso.
Brigas: 2 brigas de gente grande. Internas e um punhado de cara feia.
Semana: 5 dias malditos com expedientes de mais de 10h/dia
Contratações: Nenhuma, mais procura-se mais um atendimento.
Lanches naturais: 8 baguetes/semana
Carros comprados: apenas um Porche Cayman S no Need for Speed Most Wanted
Lucro financeiro da agência na semana: $ 140.000 moedas de ouro no Diablo II e uma caixa conversora que não dá para vender e não sei pra que serve.
Nº Putamerdas: Que eu me lembre e foi anotado no rodapé da agenda: 11.
O8 de dezembro. Segundona. Segunda semana de dezembro e 2º Post Especial do Mês.
Você deve perguntar especial porque certo?. Td bem, eu respondo: Especial porque é mês do natal, uma época feliz e lucrativa pra todos. Especial porque vamos logo logo fazer 1 aninho de agência, ou seja, para quem pensou que íamos ser mais um e morrer na praia, bailou bonito. Especial porquê é mês do meu aniversário e do meu sócio. Enfim, como minha vó costuma dizer: “Bellaróba”.
A semana estava para começar. Era pra ser uma semana com começo de viagem, mais não deu certo. Após alguns contatos e conversas no final de semana, já tínhamos novidades para a semana.
A reunião de toda segunda é às 9h, hoje vou falar um poquinho dela. Funciona mais ou menos assim: Participa todo mundo que está na agência, ou que não está na correria. Ela começa às 9h. Segunda eu estava bem, porém um pouco cansado e pra variar com um leve mau humor matinal. Não que eu seja assim, mais era segunda né. A relação de clientes da agência (de Fee e de job) e dos clientes em prospecção já estava em punho, todo mundo com cadernos e canetas na mão. Passa um cliente, dois, três, e tudo que está em execução, que foi conversado, ou idéias diferentes é falado. Jobs, veículo que enroscou alguma coisa, fornecedor que atrasou outras, clientes que elogiaram criticaram, idéias doidas, são ditas. Primeiro é passado à relação de clientes, depois de prospecção de alguns e depois de novas idéias. E pra começar bem, adivinha: zica em um cliente logo cedo. A cara amarra, o nariz de um torce, a outra olha assustada. E momento de silêncio. Um grande PUTAQUEPARIU teria que sair, tava enroscado, mais não aconteceu.
Final de reunião, orelhas ardendo, folhas anotadas e trabalho pra cacete. Tínhamos 2 boas notícias pra acontecer, alias, duas ótimas, mais tínhamos que esperar. Quando vejo, hora do almoço. Duas baguetes de lanche natural e uma H2O fazem o rango de alguns da agência. Resto da tarde pauleira.
Terça-feira amanhece. Tava um solzinho gostoso, com cheiro de o dia vai ser bonito. Chego na agência e a agenda tava lotada. Não tinha coisas novas, porém eram algumas buchas e pendências que tinham que ser resolvidas. Até que uma idéia diferente para o cartão de natal surge. Correria pra sala do mídia pra contar a novidade e ver se tinha liberação de verba. E felizmente a idéia foi aceita. Hoje pensando, cacete, não parece mais saiu caro. Corre-corre. Brainstorm comendo solto pra elaborar o projeto, ligações pra confeiteiro, pra gráfica e maravilha, tudo acertado. Aparece o mídia em meio a desenhos e papel e fala: “Cadê o jingle novo.”, aquele mesmo da semana passada, lembram? Porém com alteração na janela. Mais dessa vez já estava ok, gravado e aprovado. Liga uma cliente, avisa que um contrato de fee que estava em banho maria é aprovado e tínhamos que ir na quinta para pegar. Momento de alegria, afinal, “amigo” novo pra carteira de clientes. Tudo tava bem, porém, vida de publicitário é cheia de oscilação.
Começa a quarta, o clima da manhã tava pesado. Eu tava quieto. Chega à agência uma representante de uma empresa de marcas e patentes de Rio Preto. Não era comigo a reunião. Meu dia já estava agitado e a tarde tinha uma produção de fotos internas marcada (isso mesmo, pros clientes que receberam, são aquelas do livrinho da lembrança de natal) . Nesse dia eu virei confeiteiro e até sovei panetone. Pensa o que, todo criativo uma hora acaba fazendo de tudo. Fotos pra cá, farinha pra lá, frutas cristalizadas no meio, ovos rolando na mesa, bateria da máquina descarregando e assim termina as fotos, era 19h30, e nem sinal do final do expediente. Tinha um job simples pra liberar ainda, cartão de visita que tinha sido aprovado e ser liberado pra gráfica. E estagiaria perdendo o curso de desenho.
Quinta feira. O dia começa com uma noticia nem um pouco agradável sobre a reunião com a representante da empresa de marcas e patentes. Alias, isso logo logo vai virar noticia. Pinta um cliente novo, alias, ainda não é. Ou será que agora é?...rs. Não é meu perfil contar ovos antes da galinha botar. Mais o namoro está gostoso e tem tudo pra dar certo (ou nessa altura, já deu). Reunião marcada as 16h30 pra aprovação de orçamento e pegar contrato. Cartão de natal começa a nascer. Pressão com a estagiária pra entregar as fotos tratadas, o prazo foi meio maluco, afinal eram 20 fotos, confesso que o prazo foi curtíssimo, porém proposital pra treinar a equipe de criação com os prazos. Bicos começam a se formar e caras feias também, mais após saberem disso, até que gostaram. Reunião marcada as 16h30, eu mesmo vou para conversar. Pronto. A merda começa agora, e pra variar por culpa de quem: fornecedor.
16h30 – começamos a conversar sobre valores. Tudo ia bem, até que um sonoro: “Nossa mais ta caro” ecoa. Porém, não tínhamos culpa, valores de fornecedores. Eu sem temer, pedi que ela ligasse em alguma gráfica pra confirmar, coincidentemente ela liga para uma que estava na relação, cujo orçamento não tinha sido um dos melhores. Por parte dela, sorrisos, voz mole pra lá, e pronto. R$ 100 mais barato para o cliente do que pra agência. Isso por que a atendente da gráfica disse que não tinha mais um centavo pra tirar do valor pra agencia. Minha cara foi pro chão. Na hora pensei: “Mídia, se prepara, hj o pau vai quebrar”.
16h55 – a briga continua, eu tentando mostrar que não tínhamos culpa, aparece o dono, analisa a situação como quem não quer nada, e chama a moça pra uma rápida reunião.
17h – Ela volta tensa. Dizendo que ele quer “rever” a apresentação da agência no dia seguinte as 16h. Pensei, FUDEU. Tudo por causa de um fornecedor maldito que aceita voz mole de cliente e fode agencia. Mais fazer o que, nem a APP pode fazer algo. Ou será que pode e não faz??? Perguntinha pra se pensar.
Cheguei na agência e lenha. A briga foi feia, muito feia. Pra quem presenciou viu que foi coisa de gente grande. Enfim, resolvido. Constatamos que foi culpa de alguma tramóia da gráfica com cliente e não erro de negociação. O jeito era esperar.
Sexta. 100% pauleira e pra ajudar pressão da reunião às 16h. Nada do cartão de natal estar pronto e nem sinal de ir pra gráfica nesse dia. Atraso em uma entrega de fachada, enfim, “acausos” de uma sexta feira. Chega o horário. Pranchas na mão, notebook, mackup´s, amostras e seja que deus quiser, embora pro asfalto. Nessa hora a musiquinha da semana passada começa a ser cantada daquele jeito de que todos cantam qdo não sabe: “na na na na na nan”, até ouvir do mídia, “putamerda, vc ta cantando essa merda ainda”. 16h. 16h10, 16h20, 16h30...16h35, o dono aparece, com um ar de “quer um café”, vem analisar o movimento ali perto da gente, duas palavrinhas perdidas em meio ao silencio pra descontrair e “vamos começar?”. Era a hora, eu não tinha o que hesitar, e ao contrario do meu medo de sempre, falei até pelos cutuvelos.
De cara, descobrimos que tinha uma agência nova na jogada, ninguém menos que a PUB DESIGNER de Ribeirão Preto, aquela mesma que fez o site da Probiótica Athletica e da Lupo. Porém,estávamos ali, armados, interessados, sendo do mesmo mercado local, tínhamos tudo pra não perder. Nessa hora me veio na cabeça: “O que eles tem mais que a gente? Profissionais especializados? Tempo de mercado? Jogo de cintura? Nessa hora a perna tremeu, rs, mais estávamos ali pra isso e nossa meta é essa: crescer com cliente grande. E fala daqui, fala de lá, cliente pergunta, questiona, indaga, literalmente percebemos que ele tava cercando o frango, só esperando um vacilo. Porém somos chatos, respondi até o que era pro mídia responder. Falamos de mídia, de cases, de situações, de simulações de estratégias, de mercado, clientes, concorrentes, estilos criativos, do jaspion, giraia e sabe la deus que mais. Quando vimos, já era 18h30. E com um olhar contente, recebemos um ar de aprovação. Sim, tínhamos finalmente fechado o contrato. PUTAMERDA, deu certo. A primeira das 7 lojas da rede já era nossa, porem faltam ainda mais 6.
Entre altos e baixos, posso falar que a semana foi tranqüila, o que prevaleceu foram 2 contratos novos e a esperança de uma boa semana que começa logo ali, 2 dias depois, E uma lembrança que “PUTAMERDA” é uma palavra não tão ruim assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário