segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Primeira semana do ultimo mês do primeiro ano da agência

Nome esquisito para um título certo? Mais você vai entender pouco a pouco porquê ele ficou assim.

E dezembro começa com tudo.
Se para o comércio as vendas são boas, para o mercado publicitário são ótimas.
Semana maçante, jobs que não finalizavam, diretor de criação irritado, alguns clientes bravos com atraso de um fornecedor, estagiário bicudo, o produção cuspindo fogo, assim foi o final da primeira semana de dezembro. Tinha tudo para ser um começo de mês que dizia: “Se preparem, que esse mês vai ser trash”, porém, algo mudou os ares. Talvez fosse aquele office boy do escritório, ouvindo “Jason MRaz”, com a música “I'm Yours”, com uma calmaria que só deus seria problema pra ele. Isso deu gás novo para alguns da agência. Tá! Admito, o gás foi pra mim. Mais que eu incendiei a criação com aquilo eu incendiei, com direito a estagiaria de mídia invadindo a sala e dançando um reggaezinho e tudo mais. As meninas da criação também não acharam ruim, muito menos quando meus dedos clicaram umas 16vezes na mesma música “involuntariamente”.

Segundona começamos com uma reunião nada agradável com o pessoal que cuida do sistema e dos computadores da agência, seguida de uma reunião geral da agência. Imaginem segunda com reunião, jobs em andamento, começamos bem.

Terça-feira entra um JOB na criação, e o prazo era pra quinta. Não podíamos ter aceitado, mais, o espírito era de alegria e falou mais alto, tudo culpa da musica que ainda estava na minha máquina e no meu foninho. Adivinhem? Sim me ferrei. Madrugada rabiscando, sites comendo quente, prancheta em punho. Sim eu disse prancheta, ou você acha que um bom trabalho de branding e marca nasce como? Direto no computador com um Tipo qualquer? Pra alguns funcionam assim, mais comigo não.
O prazo era 17h da quinta. O cliente era exigente, aberto a ouvir e compreender novas idéias, porém, era questionador e com vícios de concorrentes que davam até medo. Bom, não tinha jeito, se o job entrou tem que sair. Como o lema da criação é “Entrou pedra, saiu diamante”, nada de porcaria. E deu certo. Conseguimos sintonizar as cabeças na criação e após uma reunião de brainstorn nasce a criança.
Telefone toca, o produção entra rasgando na sala de criação perguntado sobre o jingle do cliente. Eu sabia que já era pra estar pronto, mais a culpa dessa vez não era nossa. Eu tinha recebido, mais o timbre não tava legal, faltava um vocal que me fizesse ouvir e sorrir, e o que é pior, tinha que estar na rádio até as 10h do dia seguinte. Tudo bem, se foi essa a profissão que escolhi, vamos enfrentar o Dragão de 5 cabeças, afinal era uma pra cada dia da semana. Telefonemas, e-mail, msn que faiscavam e nada de aprovar. Tenho certeza que a culpa da minha orelha ter ardido foi do produtor, mais, fazer o que. Eram 22h e eu estava na agencia ainda. Td bem, até ai normal, eu tinha ido pra academia e voltado pra agência. 22h30, 23h e nada. A única coisa que eu ouvi da produtora foi, “Estamos em reunião nesse momento, nos falamos depois.” Acho que isso queria dizer: “Vai pra casa e toma um banho”, ou, “Vai se Fud%#, Caral*#%. Você não ta querendo demais não?” Mais, minha casa me esperava, fone na orelha com hits da semana e pé na no asfalto.

Amanhece um dia bonito, quarta feira de sol, quente, porém com uma brisa gelada. Sabe aquele dia que você olha, para e pensa: “Tem tudo pra dar certo”. Chego à agência, não passa 20min e mais 2 jobs piscam no sistema, ao invés de feliz, me deu 5min de raiva. Tá bom, pra quem me conhece sabe que meus 5minutos duram umas 3 horas. E quando isso acontece é interessante, eu fico mudo, quieto. E nessa hora as coisas que não saiam começam a florescer: o jingle chega e tá ok, as pranchas de uma outra apresentação estão prontas, chegam as fotos de um pdv e está certinho e até uma ligação de Brasília, que a muito tempo não era de se sorrir toca, avisando que estava tudo ok e só faltava enviar um material por sedex para dar inicio no projeto (este vai ter Post especial, ainda não é hora). A estagiaria não pisa no milho e finaliza um cardápio.
Mais pensa que o dia foi tranqüilo? As fotos que as estagiarias estavam pra fazer e apresentar como bonecos em um projeto não estavam prontas, e já era 16h. Bom, no dia seguinte fiquei sabendo que saíram da agência era por volta das 20h30. Mais valeu a pena, aprenderam com isso a ter responsabilidade, pelo menos eu acho. E as fotos ficaram legais.

Começa a quinta, correria de sempre pra variar. Chega a reunião do começo do post, da logomarca, aquela da madrugada e da prancha. Lembrou? A porta da criação abre. Pessoal tenso. Apresentação no jeito, as pranchas ok e seja o que deus quiser.
Tempo depois, a porta se abre, o pessoal estava apreensivo. Bastou um sorriso pra dizer que ele adorou e aprovou tudo, sem questionar.

A semana estava pra acabar, merecíamos uma comemoração, e tínhamos um coquetel de um novo cliente, um artista plástico. Eu não fui, precisava colocar a casa em ordem, mais o pessoal foi.

A sexta começou agitada, tínhamos uma série de trabalhos para serem finalizados, coisas pequenas, mais tinham que ser mandadas para a produção a todo custo. Telefonemas gritando a todo o momento, corre-corre pra um lado, corre-corre pro outro, e bebe coca-cola, e bebe água e bebe café, e rasga papel, e o dia passa, assim como um dia qualquer agitado, Mas, merecíamos um descanso e antes de sair, 19h30, o sonzinho tanto falado toca de novo e adivinha:
Botequinho até à 1h da manhã, com direito a namorada ficar bicuda e amigos ficarem indiferentes por não ter comparecido conforme combinado. Mais depois de uma semana agitada, o jeito é esperar, deitar e ouvir Jason, afinal depois de 2 dias, tudo começa de novo.

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=EkHTsc9PU2A

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